As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) representam um dos maiores desafios de Saúde Ocupacional no Brasil. Esses problemas, caracterizados por inflamações e dores intensas nos músculos, tendões e nervos, têm afetado milhares de trabalhadores brasileiros, especialmente aqueles que realizam atividades repetitivas e que permanecem com posturas inadequadas por muito tempo.
Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as LER/DORT são responsáveis por uma alta taxa de afastamento do trabalho, impactando diretamente as empresas e economia do país.
O que são LER/DORT?
LER e DORT são termos que se referem a lesões causadas por atividades repetitivas, e apesar de serem confundidos, existe uma diferença técnica: enquanto LER é um termo mais antigo, DORT foi adotado para incluir uma gama mais ampla de problemas osteomusculares causados pelo trabalho. Ambos abrangem dor, fraqueza, formigamento e até perda de mobilidade, que podem ocorrer nas mãos, braços, ombros, pescoço e região lombar.
Essas lesões são comuns em trabalhadores de setores como indústria, escritórios, saúde e tecnologia, nos quais atividades como digitar, montar peças, ou operar máquinas são constantes. Em um país em que o mercado de trabalho exige cada vez mais produtividade, a incidência de LER/DORT tem aumentado de forma alarmante.
A situação no Brasil
Segundo dados da Previdência Social, essas lesões estão entre as principais causas de afastamento de trabalhadores no Brasil, representando aproximadamente 30% dos casos de afastamento por doenças ocupacionais. Em 2023, mais de 10 mil trabalhadores brasileiros se afastaram do trabalho por conta de doenças relacionadas a LER/DORT, gerando um impacto financeiro significativo.
Os números revelam ainda que as mulheres são mais afetadas do que os homens, especialmente aquelas que trabalham em funções administrativas e operacionais, em que o uso repetitivo do computador e movimentos repetitivos são comuns. Em média, o tratamento dessas lesões pode levar meses ou até anos, dependendo da gravidade, e muitos trabalhadores não conseguem retornar ao mesmo nível de produtividade anterior à lesão.
Em uma tentativa de reduzir esses números, o governo brasileiro e as empresas têm investido em programas de ergonomia e prevenção, com a criação de normas e regulamentos, como a Norma Regulamentadora 17 (NR-17), que visa garantir condições de trabalho adequadas.
Medidas de prevenção e tratamento
Atitudes simples, como pausas frequentes, alongamentos e ajustes ergonômicos nas estações de trabalho, podem fazer uma grande diferença na saúde dos trabalhadores. Especialistas em Saúde Ocupacional recomendam a realização de exercícios de fortalecimento muscular, além de reeducação postural.
Para quem já foi diagnosticado com LER/DORT, o tratamento pode incluir fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios, terapia ocupacional e, em casos graves, intervenção cirúrgica.
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